
tantas. tantas palavras se acumulam.
não as digo. oiço-as a ressoar dentro de mim como sinos de morte
faço por não escrever
faço mais
faço por não pensar. por não ouvir
depois vou-me deitar para sonhar
é no sonho que surge o meu alívio do peso das palavras
o sonho varre-as como o vento a folhas mortas
por ser quase outono até ao despertar acredito
no vento.
foto de Tobias Trenwith